Lucas пишет о себе
Mais conhecido como Tiné, sou um jovem recifense de 26 anos, e tive minha vida transformada através da música e da política.
Nasci numa família sem direitos a luxo, fui criado pela minha mãe, trabalhadora doméstica, e pela minha avó, professora aposentada.
Foi através de um vizinho que aos 10 anos tive meu primeiro, e definitivo, contato com a política, na eleição de Lula em 2002.
Neste mesmo ano decidi parar de ver minha família se matar para pagar uma escola e decidi frequentar escolas públicas. A partir desta decisão comecei a sentir na pele toda a dificuldade que os mais necessitados tinham, e infelizmente seguem tendo, para ter acesso à educação pública e de qualidade. Uma das minhas mais fortes lembranças é do momento em que uma das minhas professoras passou a me levar para a sala dos professores para poder falar sobre política.
Com o tempo e o precário quadro de funcionários da escola, me coloquei à disposição para ter a chave da biblioteca e ser o responsável por abrir o espaço pelo turno da manhã, para que outros alunos pudessem fazer uso da única sala de pesquisa da escola.
Com o passar dos anos, senti a necessidade de mergulhar mais ainda no universo da política, chegando a precisar repetir anos escolares por conta da quantidade de faltas e minhas “fugidas” nos períodos eleitorais.
Em 2010 me filiei ao Partido dos Trabalhadores, por acreditar que ali eu poderia debater e promover a renovação geracional da política. No mesmo ano fui nomeado responsável estadual da candidatura à presidência de Dilma Rousseff, primeira mulher eleita presidenta do Brasil.
Enfrentei resistência para ter minha candidatura a vereador do Recife aceita em 2012, e diante da crise que o partido mergulhou através do intervencionismo nacional do grupo Lulista, nossa campanha foi inviabilizada. Após as eleições fui eleito secretário da Juventude PT – Recife, mas fui impedido de tomar posse após acordo entre a casta partidária do estado, que a portas fechadas rifou a secretaria estadual para outro grupo político, mais uma vez desrespeitando a democracia interna.
Após meses de reflexões, conversas e debates, decidi deixar o partido por acreditar que um partido que não respeita sua democracia interna já não tem mais compromisso com os 99% da população, e sim com interesses de uma casta política interesseira e que fará de tudo para garantir seus cargos e o status quo.
Em 2013 junto com 5 companherixs, fundamos o Coletivo Juntos! Pernambuco, que logo se tornou referência na construção coletiva das Jornadas de Junho no estado.
No ano seguinte conquistei a oportunidade de ir estudar música e viver em Estocolmo, capital da Suécia, onde permaneci até retornar ao Brasil em 2015 para coordenar o Comitê #NãoÀRedução, organização que foi formada por partidos políticos, ONGs, sindicatos e movimentos sociais organizados e não organizados contrários à proposta de reunião da maioridade penal no país.
Após o Acampamento Internacional das Juventudes em Luta, em 2016 no Rio de Janeiro, e com a aproximação do Coletivo com o Secretariado Unificado - IV Internacional -, algumas pessoas vimos também nossas discordâncias sobre a leitura da conjuntura nacional e internacional crescerem, chegando a decisão de nos desligar na organizar.
A partir deste momento fui apertando laços com o partido argentino Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), que em 2018 durante algumas reuniões em Buenos Aires me fez a proposta de coordenar a construção de uma organizaçã
Интересы
Política, ativismo político, música, produções culturais